Ibovespa opera com volatilidade em dia de mau humor no exterior
Principal índice da bolsa de valores brasileira recuou 0,48%, aos 117.331 pontos, apesar de forte alta nas ações da Petrobras. Ibovespa opera com volatilidade nesta quarta-feira. Pixabay O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera com volatilidade nesta quarta-feira (6),oscilando entre altas e baixas. Por um lado, o índice é impulsionado pela valorização do petróleo no exterior, que impacta positivamente nos preços das ações da Petrobras e de outras empresas exportadoras da commodity. Em contrapartida, o dia é marcado por uma grande aversão aos riscos nos mercados internacionais, com o crescente receio de uma nova alta na inflação e desaceleração econômica. Às 11h40, o índice caía 0,28%, aos 117.002 pontos. Veja mais cotações. No mesmo horário, as ações da Petrobras subiam cerca de 1%. No dia anterior, o Ibovespa fechou em baixa de 0,48%, aos 117.331 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular: queda de 0,48% na semana; e altas de 1,37% no mês e 6,92% no ano. O que está mexendo com os mercados? O que está mexendo com os mercados? A aversão ao risco que tomou conta dos negócios na véspera continua impactando os mercados em nível global, diante da perspectiva de desaceleração da economia em diversos países, além do receio de que a inflação volte a subir por conta dos preços do petróleo. A Arábia Saudita e a Rússia, dois dos maiores exportadores de petróleo do mundo, anunciaram cortes na produção da commodity, levando a uma valorização expressiva nos preços dos barris, que ultrapassaram os US$ 90 na última terça-feira. O petróleo é matéria-prima para as mais diversas cadeias produtivas, além de ser a principal fonte de combustível até hoje. Assim, com uma redução na produção da commodity, os seus preços sobem, já que a demanda pelo produto continua elevada. Justamente por ser matéria-prima essencial, uma alta nos preços do petróleo tem o poder de impactar toda a dinâmica de preços nos países, afetando diretamente a inflação. É por esse medo de que a inflação - que já está alta - volte a subir pelo mundo que os investidores vivem dias de uma maior aversão aos riscos, priorizando os títulos que são considerados mais seguros. "O custo do petróleo para cima atrapalha muito o custo da matriz energética como um todo, então isso tende levar a uma inflação. O mercado entendeu esse corte com o medo de uma inflação mais forte ou demorando mais a cair no cenário internacional, e aí a gente teria os Estados Unidos sendo obrigados a subir os juros ou manter os juros altos por mais tempo", explica Vitor Miziara, analista de investimentos. Isso aumenta a percepção de que a maior economia do mundo pode passar por um período de recessão econômica, com juros e inflação em patamares elevados. No Brasil, o dia não tem grandes destaques, na véspera do feriado de 7 de setembro, Dia da Independência. O volume de negócios no pregão deve ser reduzido e sem pautas muito importantes no cenário político.
Principal índice da bolsa de valores brasileira recuou 0,48%, aos 117.331 pontos, apesar de forte alta nas ações da Petrobras. Ibovespa opera com volatilidade nesta quarta-feira. Pixabay O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera com volatilidade nesta quarta-feira (6),oscilando entre altas e baixas. Por um lado, o índice é impulsionado pela valorização do petróleo no exterior, que impacta positivamente nos preços das ações da Petrobras e de outras empresas exportadoras da commodity. Em contrapartida, o dia é marcado por uma grande aversão aos riscos nos mercados internacionais, com o crescente receio de uma nova alta na inflação e desaceleração econômica. Às 11h40, o índice caía 0,28%, aos 117.002 pontos. Veja mais cotações. No mesmo horário, as ações da Petrobras subiam cerca de 1%. No dia anterior, o Ibovespa fechou em baixa de 0,48%, aos 117.331 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular: queda de 0,48% na semana; e altas de 1,37% no mês e 6,92% no ano. O que está mexendo com os mercados? O que está mexendo com os mercados? A aversão ao risco que tomou conta dos negócios na véspera continua impactando os mercados em nível global, diante da perspectiva de desaceleração da economia em diversos países, além do receio de que a inflação volte a subir por conta dos preços do petróleo. A Arábia Saudita e a Rússia, dois dos maiores exportadores de petróleo do mundo, anunciaram cortes na produção da commodity, levando a uma valorização expressiva nos preços dos barris, que ultrapassaram os US$ 90 na última terça-feira. O petróleo é matéria-prima para as mais diversas cadeias produtivas, além de ser a principal fonte de combustível até hoje. Assim, com uma redução na produção da commodity, os seus preços sobem, já que a demanda pelo produto continua elevada. Justamente por ser matéria-prima essencial, uma alta nos preços do petróleo tem o poder de impactar toda a dinâmica de preços nos países, afetando diretamente a inflação. É por esse medo de que a inflação - que já está alta - volte a subir pelo mundo que os investidores vivem dias de uma maior aversão aos riscos, priorizando os títulos que são considerados mais seguros. "O custo do petróleo para cima atrapalha muito o custo da matriz energética como um todo, então isso tende levar a uma inflação. O mercado entendeu esse corte com o medo de uma inflação mais forte ou demorando mais a cair no cenário internacional, e aí a gente teria os Estados Unidos sendo obrigados a subir os juros ou manter os juros altos por mais tempo", explica Vitor Miziara, analista de investimentos. Isso aumenta a percepção de que a maior economia do mundo pode passar por um período de recessão econômica, com juros e inflação em patamares elevados. No Brasil, o dia não tem grandes destaques, na véspera do feriado de 7 de setembro, Dia da Independência. O volume de negócios no pregão deve ser reduzido e sem pautas muito importantes no cenário político.