Safra de grãos do Brasil bate novo recorde com colheita de 322,8 milhões de toneladas
Soja e milho puxaram o resultado, com altas de produção acima de 15%. Colheita de arroz caiu e feijão perdeu área de plantio. Safra de grãos do Brasil bate novo recorde com colheita de 322,8 milhões de toneladas. CNA/Wanderson Araujo/Trilux A safra brasileira de grãos atingiu mais um recorde ao registrar uma colheita de 322,8 milhões de toneladas, alta de 18,4% em relação à temporada passada, mostram dados divulgados nesta quarta-feira (6) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estatal do Ministério da Agricultura que gere políticas de abastecimento interno. O ciclo de plantio e colheita de grãos no Brasil se inicia em setembro de um ano e vai até agosto do ano seguinte. O volume recorde é reflexo de: um aumento na área plantada; de uma alta na produtividade: quando os agricultores conseguem colher uma maior quantidade de grãos em um mesmo espaço de terra. Leia também: Área de plantio de arroz e feijão encolheu mais de 30% em 16 anos, com o avanço da soja e do milho Recordes no agronegócio e aumento da fome: como isso pode acontecer ao mesmo tempo? Soja e milho Os destaques na produção ficaram com a soja e o milho. A colheita de soja, por exemplo, bateu um novo recorde, com 154,6 milhões de toneladas colhidas, um avanço de 23,2%, em relação à temporada anterior. Isso ocorreu devido à uma recuperação de produtividade em Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. Já no Rio Grande do Sul, também houve melhora no desempenho das lavouras. “Nesta temporada, os efeitos do La Niña se concentraram no estado gaúcho, mas, ainda assim, em menor escala que no ciclo anterior. Já nos demais estados, o clima se mostrou bastante favorável, mesmo com alguns atrasos verificados no período da semeadura e da colheita”, analisa o gerente de Acompanhamento de Safras, Fabiano Vasconcellos. Para o milho também é esperada a maior colheita já registrada na série histórica. No somatório das 3 safras do cereal, a produção deverá chegar a 131,9 milhões de toneladas, avanço de 16,6% em relação ao ciclo anterior. Arroz e feijão Prato de arroz com feijão. Reprodução TV Globo Dois alimentos básicos na mesa dos brasileiros, o arroz e o feijão vêm perdendo espaço para a soja e o milho, culturas que são mais rentáveis por serem voltadas para a exportação (ou seja, o produtor recebe em dólar). Apesar de ter tido uma melhora na produtividade, o arroz sofreu uma queda de 7% em sua produção, resultando numa colheita total de 10,033 milhões de toneladas. O destaque ficou com as principais regiões produtoras do Rio Grande do Sul, ainda que algumas tenham sofrido com a falta de chuvas, que acaba reduzindo o armazenamento da água do solo e de reservatórios. A produção de feijão, por sua vez, somou 3.040 milhões de toneladas, uma alta de 1,7% em relação à temporada anterior. A colheita foi finalizada ainda em maio, apresentando, de maneira geral, um ciclo produtivo satisfatório, mesmo com a redução na área plantada em comparação a 2021/22. Nos principais estados produtores desse período, que são Paraná, Minas Gerais e Bahia, houve boas condições climáticas durante as fases mais críticas da evolução da cultura, permitindo alcançar um rendimento médio superior ao da temporada anterior. Apesar disso, a área plantada caiu 5,8%.
Soja e milho puxaram o resultado, com altas de produção acima de 15%. Colheita de arroz caiu e feijão perdeu área de plantio. Safra de grãos do Brasil bate novo recorde com colheita de 322,8 milhões de toneladas. CNA/Wanderson Araujo/Trilux A safra brasileira de grãos atingiu mais um recorde ao registrar uma colheita de 322,8 milhões de toneladas, alta de 18,4% em relação à temporada passada, mostram dados divulgados nesta quarta-feira (6) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estatal do Ministério da Agricultura que gere políticas de abastecimento interno. O ciclo de plantio e colheita de grãos no Brasil se inicia em setembro de um ano e vai até agosto do ano seguinte. O volume recorde é reflexo de: um aumento na área plantada; de uma alta na produtividade: quando os agricultores conseguem colher uma maior quantidade de grãos em um mesmo espaço de terra. Leia também: Área de plantio de arroz e feijão encolheu mais de 30% em 16 anos, com o avanço da soja e do milho Recordes no agronegócio e aumento da fome: como isso pode acontecer ao mesmo tempo? Soja e milho Os destaques na produção ficaram com a soja e o milho. A colheita de soja, por exemplo, bateu um novo recorde, com 154,6 milhões de toneladas colhidas, um avanço de 23,2%, em relação à temporada anterior. Isso ocorreu devido à uma recuperação de produtividade em Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. Já no Rio Grande do Sul, também houve melhora no desempenho das lavouras. “Nesta temporada, os efeitos do La Niña se concentraram no estado gaúcho, mas, ainda assim, em menor escala que no ciclo anterior. Já nos demais estados, o clima se mostrou bastante favorável, mesmo com alguns atrasos verificados no período da semeadura e da colheita”, analisa o gerente de Acompanhamento de Safras, Fabiano Vasconcellos. Para o milho também é esperada a maior colheita já registrada na série histórica. No somatório das 3 safras do cereal, a produção deverá chegar a 131,9 milhões de toneladas, avanço de 16,6% em relação ao ciclo anterior. Arroz e feijão Prato de arroz com feijão. Reprodução TV Globo Dois alimentos básicos na mesa dos brasileiros, o arroz e o feijão vêm perdendo espaço para a soja e o milho, culturas que são mais rentáveis por serem voltadas para a exportação (ou seja, o produtor recebe em dólar). Apesar de ter tido uma melhora na produtividade, o arroz sofreu uma queda de 7% em sua produção, resultando numa colheita total de 10,033 milhões de toneladas. O destaque ficou com as principais regiões produtoras do Rio Grande do Sul, ainda que algumas tenham sofrido com a falta de chuvas, que acaba reduzindo o armazenamento da água do solo e de reservatórios. A produção de feijão, por sua vez, somou 3.040 milhões de toneladas, uma alta de 1,7% em relação à temporada anterior. A colheita foi finalizada ainda em maio, apresentando, de maneira geral, um ciclo produtivo satisfatório, mesmo com a redução na área plantada em comparação a 2021/22. Nos principais estados produtores desse período, que são Paraná, Minas Gerais e Bahia, houve boas condições climáticas durante as fases mais críticas da evolução da cultura, permitindo alcançar um rendimento médio superior ao da temporada anterior. Apesar disso, a área plantada caiu 5,8%.