Dólar fecha em R$ 5,65, maior patamar em dois anos e meio, após novas falas de Lula sobre o BC
A moeda americana subiu 1,15%, cotada em R$ 5,6527. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, teve alta de 0,69%, aos 124.765 pontos. Cédulas de dólar John Guccione/Pexels O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (1º), chegando a R$ 5,6527. É o maior patamar da moeda americana desde 10 de janeiro de 2022, quando custava R$ 5,6742. Nesta segunda, investidores repercutem novas falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que voltou a criticar o Banco Central (BC), e continuam a monitorar o quadro fiscal do país. Após ter criticado o Banco Central do Brasil (BC) na última semana, o presidente voltou a tecer comentários, afirmando que o próximo presidente da instituição olhará para o Brasil "do jeito que ele é, e não do jeito que o sistema financeiro fala". (veja mais abaixo) Além disso, novos dados econômicos dos Estados Unidos também ficam no radar. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, também fechou em alta. 30 anos do Real: como era a vida antes do plano econômico que deu origem à moeda brasileira Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar O dólar fechou em alta de 1,15%, cotado em R$ 5,6527. Na máxima do dia, chegou aos R$ 5,6573. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: avanço de 1,15% na semana; ganho de 1,15% no mês; alta de 16,49% no ano. Na última sexta-feira, o dólar teve alta de 1,46%, cotado a R$ 5,5884. Ibovespa O Ibovespa fechou em alta de 0,69%, aos 124.765 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,69% na semana; ganhos de 0,69% no mês; perdas de 7,02% no ano. Na última sexta-feira, o Ibovespa teve queda de 0,32%, aos 123.907 pontos. DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Sem grandes destaques na agenda, novas críticas do presidente Lula à condução de política monetária do Banco Central voltaram a fazer preço nos mercados nesta segunda-feira (1º). Segundo Lula, o próximo presidente do BC deve olhar para o Brasil "do jeito que ele é e não do jeito que o sistema financeiro fala". "Eu estou há dois anos com o presidente do Banco Central do [ex-presidente Jair] Bolsonaro, não é correto isso", afirmou o presidente nesta segunda-feira, ponderando que a autonomia do BC foi aprovada pelo Congresso e será respeitada. "Eu tenho que, com muita paciência, esperar a hora de indicar o outro candidato, e ver se a gente consegue... ter um presidente do Banco Central que olhe o país do jeito que ele é, e não do jeito que o sistema financeiro fala", acrescentou, destacando que "quem quer BC autônomo é o mercado". Lula ainda disse que preza pela responsabilidade fiscal e que inflação baixa é sua obsessão, usando como exemplo a decisão do governo de manter a meta para a evolução dos preços em 3%. As falas recentes do presidente se juntam às críticas feitas por ele à instituição na semana passada. Lula disse que "a taxa de juros de 10,5% é irreal para uma inflação de 4%", reiterando que a Selic deve melhorar quando ele indicar o substituto de Roberto Campos Neto, atual presidente do BC. O mandato de Campos Neto termina no final deste ano. Além disso, o mercado segue atento ao cenário fiscal do país, principalmente após o resultado consolidado do setor público ter revelado um déficit superior às projeções do mercado, na semana passada. Na agenda, o principal destaque fica com o novo Boletim Focus, relatório que reúne projeções para os principais indicadores econômicos. Segundo o documento, os analistas do mercado financeiro voltaram a elevar as estimativas para a inflação deste ano pela oitava semana consecutiva, de 3,98% para 4%. O início das reservas das ações de privatização da Sabesp também ficam na mira dos investidores. Já no exterior, as atenções se voltam para a atividade econômica dos Estados Unidos. Segundo dados do Departamento do Comércio norte-americano, os gastos com construção caíram inesperadamente em maio, uma vez que as taxas de hipoteca mais altas pesaram sobre a construção de residências unifamiliares. O indicador teve queda de 0,1%, após alta de 0,3% em abril. Além disso, informações do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês), indicaram que o setor manufatureiro dos EUA se contraiu pelo terceiro mês seguido em junho, de 48,7 para 48,5. Uma leitura acima de 50 indica crescimento no setor manufatureiro.
A moeda americana subiu 1,15%, cotada em R$ 5,6527. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, teve alta de 0,69%, aos 124.765 pontos. Cédulas de dólar John Guccione/Pexels O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (1º), chegando a R$ 5,6527. É o maior patamar da moeda americana desde 10 de janeiro de 2022, quando custava R$ 5,6742. Nesta segunda, investidores repercutem novas falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que voltou a criticar o Banco Central (BC), e continuam a monitorar o quadro fiscal do país. Após ter criticado o Banco Central do Brasil (BC) na última semana, o presidente voltou a tecer comentários, afirmando que o próximo presidente da instituição olhará para o Brasil "do jeito que ele é, e não do jeito que o sistema financeiro fala". (veja mais abaixo) Além disso, novos dados econômicos dos Estados Unidos também ficam no radar. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, também fechou em alta. 30 anos do Real: como era a vida antes do plano econômico que deu origem à moeda brasileira Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar O dólar fechou em alta de 1,15%, cotado em R$ 5,6527. Na máxima do dia, chegou aos R$ 5,6573. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: avanço de 1,15% na semana; ganho de 1,15% no mês; alta de 16,49% no ano. Na última sexta-feira, o dólar teve alta de 1,46%, cotado a R$ 5,5884. Ibovespa O Ibovespa fechou em alta de 0,69%, aos 124.765 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,69% na semana; ganhos de 0,69% no mês; perdas de 7,02% no ano. Na última sexta-feira, o Ibovespa teve queda de 0,32%, aos 123.907 pontos. DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Sem grandes destaques na agenda, novas críticas do presidente Lula à condução de política monetária do Banco Central voltaram a fazer preço nos mercados nesta segunda-feira (1º). Segundo Lula, o próximo presidente do BC deve olhar para o Brasil "do jeito que ele é e não do jeito que o sistema financeiro fala". "Eu estou há dois anos com o presidente do Banco Central do [ex-presidente Jair] Bolsonaro, não é correto isso", afirmou o presidente nesta segunda-feira, ponderando que a autonomia do BC foi aprovada pelo Congresso e será respeitada. "Eu tenho que, com muita paciência, esperar a hora de indicar o outro candidato, e ver se a gente consegue... ter um presidente do Banco Central que olhe o país do jeito que ele é, e não do jeito que o sistema financeiro fala", acrescentou, destacando que "quem quer BC autônomo é o mercado". Lula ainda disse que preza pela responsabilidade fiscal e que inflação baixa é sua obsessão, usando como exemplo a decisão do governo de manter a meta para a evolução dos preços em 3%. As falas recentes do presidente se juntam às críticas feitas por ele à instituição na semana passada. Lula disse que "a taxa de juros de 10,5% é irreal para uma inflação de 4%", reiterando que a Selic deve melhorar quando ele indicar o substituto de Roberto Campos Neto, atual presidente do BC. O mandato de Campos Neto termina no final deste ano. Além disso, o mercado segue atento ao cenário fiscal do país, principalmente após o resultado consolidado do setor público ter revelado um déficit superior às projeções do mercado, na semana passada. Na agenda, o principal destaque fica com o novo Boletim Focus, relatório que reúne projeções para os principais indicadores econômicos. Segundo o documento, os analistas do mercado financeiro voltaram a elevar as estimativas para a inflação deste ano pela oitava semana consecutiva, de 3,98% para 4%. O início das reservas das ações de privatização da Sabesp também ficam na mira dos investidores. Já no exterior, as atenções se voltam para a atividade econômica dos Estados Unidos. Segundo dados do Departamento do Comércio norte-americano, os gastos com construção caíram inesperadamente em maio, uma vez que as taxas de hipoteca mais altas pesaram sobre a construção de residências unifamiliares. O indicador teve queda de 0,1%, após alta de 0,3% em abril. Além disso, informações do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês), indicaram que o setor manufatureiro dos EUA se contraiu pelo terceiro mês seguido em junho, de 48,7 para 48,5. Uma leitura acima de 50 indica crescimento no setor manufatureiro.