Entenda o que falta para Unicamp confirmar curso de medicina em Piracicaba e a previsão de início
Reitor apontou fatores a serem considerados antes da aprovação do curso, como quadro de professores próximo do limite. Instituição espera que novo curso esteja disponível em 2025. O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles Antonio Scarpinetti/Unicamp Com o quadro de professores próximo do limite, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) vê a necessidade de abrir novas vagas para contratação dos docentes e funcionários como um fator que dificulta a abertura do curso de medicina em Piracicaba (SP). Apesar disso, o reitor da instituição espera que o novo curso já esteja disponível no vestibular que será aplicado em 2024 para ingresso no ano seguinte. Em entrevista coletiva, nesta segunda-feira (31), o reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, afirmou que, mesmo com dificuldades em relação ao limite do quadro docente, a administração já demonstrou interesse pela criação do curso de medicina em Piracicaba. "Algumas dificuldades são a Unicamp, por ser uma das universidades mais jovens do Estado, talvez, tem um problema de teto de quadro de professores. Nós estamos, hoje, próximos a esse limite. Pra gente expandir cursos, vai precisar ter mais vagas. Essas vagas tem que ser aprovadas pela Assembleia Legislativa numa ação em junto com o Governo do Estado", ressaltou. A possibilidade da criação do curso de medicina na cidade já tinha sido mencionada em março deste ano, durante reunião com Secretário Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Vahan Agopyan, o prefeito de Piracicaba, Luciano Almeida (sem partido), e o reitor da Unicamp, professor Antonio José de Almeida Meirelles. Na ocasião, a intenção apresentada era a de incluir o curso na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), o campus da Unicamp no município. Na época, os fatores apresentados nesta segunda-feira, durante entrevista, já tinham sito previstos. Avaliação de custos Meirelles assegurou, ainda, que a aprovação de novas vagas está em análise e apontou a necessidade de avaliação de custos. "Essa é uma questão que está em andamento e não há possibilidade de a gente criar, porque a gente não poderia contratar o professores se isso não for resolvido. Tem também alguma questão associada a custos, porque é um curso caro", disse. Acesso a equipamentos Um outro aspecto, apontado pelo reitor como motivo de preocupação, foi o acesso a equipamentos para atividades práticas do curso, como hospitais e centros especializados a serem utilizados em parceria com o poder público. "Temos alguma preocupação com os acessos a equipamentos. O curso de medicina exige um treinamento muito árduo do ponto de vista prático. Precisa ter acesso aos equipamentos que temos hoje, que é o Hospital Regional de Piracicaba e a AME de Piracicaba. Mas, gostaríamos que eles fossem mais duradouros", exemplificou. Hospital Regional em Piracicaba HRP/Divulgação A Unicamp já é responsável pela gestão do Hospital Regional de Piracicaba (HRP) e do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) da cidade. O reitor analisou que, por conta disso, a universidade dispõe de acesso a equipamentos de saúde essenciais para uma boa formação dos novos profissionais. Durante a entrevista, o reitor disse que a universidade está em contato com agentes públicos, mas adiantou que os gargalos elencados não possibilitarão que o curso de medicina seja oferecido para o próximo vestibular. "Estamos conversando com agentes públicos da região de Piracicaba, prefeito, como junto ao Governo do Estado, da Secretaria de Ciência e Tecnologia", comentou. "Tem alguns gargalos que têm que ser vencidos, então com certeza não será pra esse vestibular", ponderou. Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP/Unicamp) Divulgação A previsão mais garantida, segundo Meirelles , é que depois de vencidas as dificuldades de infraestrutura e criação de vagas para docentes, o curso de medicina possa ser oferecido no vestibular de 2024. "Espero que a gente consiga avançar o ano que vem, para que no próximo vestibular esteja possível, mas tem essas questões, que terão que ser resolvidas antecipadamente", concluiu. O que dizem o governo estadual e a Alesp? A Assembleia Legislativa do Estado (Alesp) informou que ainda não há projeto em tramitação sobre o tema. Já a Secretaria da Ciência Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo comunicou que instituições como a Unicamp possuem autonomia administrativa. Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba
Reitor apontou fatores a serem considerados antes da aprovação do curso, como quadro de professores próximo do limite. Instituição espera que novo curso esteja disponível em 2025. O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles Antonio Scarpinetti/Unicamp Com o quadro de professores próximo do limite, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) vê a necessidade de abrir novas vagas para contratação dos docentes e funcionários como um fator que dificulta a abertura do curso de medicina em Piracicaba (SP). Apesar disso, o reitor da instituição espera que o novo curso já esteja disponível no vestibular que será aplicado em 2024 para ingresso no ano seguinte. Em entrevista coletiva, nesta segunda-feira (31), o reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, afirmou que, mesmo com dificuldades em relação ao limite do quadro docente, a administração já demonstrou interesse pela criação do curso de medicina em Piracicaba. "Algumas dificuldades são a Unicamp, por ser uma das universidades mais jovens do Estado, talvez, tem um problema de teto de quadro de professores. Nós estamos, hoje, próximos a esse limite. Pra gente expandir cursos, vai precisar ter mais vagas. Essas vagas tem que ser aprovadas pela Assembleia Legislativa numa ação em junto com o Governo do Estado", ressaltou. A possibilidade da criação do curso de medicina na cidade já tinha sido mencionada em março deste ano, durante reunião com Secretário Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Vahan Agopyan, o prefeito de Piracicaba, Luciano Almeida (sem partido), e o reitor da Unicamp, professor Antonio José de Almeida Meirelles. Na ocasião, a intenção apresentada era a de incluir o curso na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), o campus da Unicamp no município. Na época, os fatores apresentados nesta segunda-feira, durante entrevista, já tinham sito previstos. Avaliação de custos Meirelles assegurou, ainda, que a aprovação de novas vagas está em análise e apontou a necessidade de avaliação de custos. "Essa é uma questão que está em andamento e não há possibilidade de a gente criar, porque a gente não poderia contratar o professores se isso não for resolvido. Tem também alguma questão associada a custos, porque é um curso caro", disse. Acesso a equipamentos Um outro aspecto, apontado pelo reitor como motivo de preocupação, foi o acesso a equipamentos para atividades práticas do curso, como hospitais e centros especializados a serem utilizados em parceria com o poder público. "Temos alguma preocupação com os acessos a equipamentos. O curso de medicina exige um treinamento muito árduo do ponto de vista prático. Precisa ter acesso aos equipamentos que temos hoje, que é o Hospital Regional de Piracicaba e a AME de Piracicaba. Mas, gostaríamos que eles fossem mais duradouros", exemplificou. Hospital Regional em Piracicaba HRP/Divulgação A Unicamp já é responsável pela gestão do Hospital Regional de Piracicaba (HRP) e do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) da cidade. O reitor analisou que, por conta disso, a universidade dispõe de acesso a equipamentos de saúde essenciais para uma boa formação dos novos profissionais. Durante a entrevista, o reitor disse que a universidade está em contato com agentes públicos, mas adiantou que os gargalos elencados não possibilitarão que o curso de medicina seja oferecido para o próximo vestibular. "Estamos conversando com agentes públicos da região de Piracicaba, prefeito, como junto ao Governo do Estado, da Secretaria de Ciência e Tecnologia", comentou. "Tem alguns gargalos que têm que ser vencidos, então com certeza não será pra esse vestibular", ponderou. Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP/Unicamp) Divulgação A previsão mais garantida, segundo Meirelles , é que depois de vencidas as dificuldades de infraestrutura e criação de vagas para docentes, o curso de medicina possa ser oferecido no vestibular de 2024. "Espero que a gente consiga avançar o ano que vem, para que no próximo vestibular esteja possível, mas tem essas questões, que terão que ser resolvidas antecipadamente", concluiu. O que dizem o governo estadual e a Alesp? A Assembleia Legislativa do Estado (Alesp) informou que ainda não há projeto em tramitação sobre o tema. Já a Secretaria da Ciência Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo comunicou que instituições como a Unicamp possuem autonomia administrativa. Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba