Ministro diz que militares não duvidam do sistema eleitoral, mas defende 'aperfeiçoamento'
Paulo Sergio Nogueira, titular da Defesa, afirmou que militares querem apenas garantir melhores condições para auditar resultados. Presidente Jair Bolsonaro tem atacado urnas.
O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, afirmou nesta quarta-feira (6) que o sistema eletrônico de votação “precisa sempre de aperfeiçoamento”, mas negou que as Forças Armadas coloquem em dúvida o processo eleitoral.
As Forças Armadas integram a Comissão de Transparência das Eleições. O órgão foi criado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em setembro do ano passado para discutir medidas que possam ampliar ainda mais a transparência e a segurança das eleições.
O presidente Jair Bolsonaro, pré-candidato à reeleição, vem levantando suspeitas sem provas sobre a urna eletrônica, afirmando que não são auditáveis — embora sejam — e defendendo a aplicação de voto impresso, considerado um retrocesso pela Justiça Eleitoral.
Em meio aos ataques de Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira tem pressionado o TSE a adotar medidas sugeridas pelos militares que, afirma, garantiriam mais segurança ao processo eleitoral, apesar de o tribunal, que o responsável por comandar as eleições, afirmar que o processo é seguro.
“Sabemos muito bem que esse sistema eletrônico precisa sempre de aperfeiçoamento. Não há programa imune a um ataque, imune a ser invadido”, disse Nogueira durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
"Não se está duvidando, ou achando isso ou aquilo outro. É simplesmente um espírito colaborativo. Esse é o espírito da equipe das Forças Armadas. Desde o início estamos sempre prontos, permanecemos colaborativos para melhoria do processo”, acrescentou o ministro.