Mark Thompson é o novo CEO da CNN
Ex-presidente-executivo do jornal The New York Times e ex-diretor-geral da BBC foi anunciado no cargo nesta quarta-feira. Mark Thompson em 2013, enquanto era diretor-geral da BBC REUTERS/Neil Hall/File Photo A CNN americana anunciou nesta quarta-feira (30) que Mark Thompson será o novo diretor-presidente do canal de notícias. O executivo é conhecido no meio por ter sido presidente-executivo do jornal The New York Times e diretor-geral da BBC. Thompson ocupa a cadeira de Chris Licht, que deixou o cargo em junho, após o canal de televisão norte-americano registrar uma baixa de 61% na audiência no final do primeiro trimestre e uma queda na receita da empresa. (saiba mais abaixo) “Mark é um verdadeiro inovador que transformou para a era digital duas das organizações de notícias mais respeitadas do mundo”, disse David Zaslav, presidente-executivo da Warner Bros. Discovery, em comunicado. “Sua visão estratégica, histórico de liderança transformacional e pura paixão por notícias fazem dele uma força formidável para a CNN e para o jornalismo neste momento crucial.” Thompson assume o cargo no dia 9 de outubro, aos 66 anos. O executivo fez carreira na BBC. Thompson passou por toda hierarquia da empresa, saindo de uma posição de trainee em 1979 para o cargo de diretor-geral em 2004. Tornou-se presidente-executivo do jornal The New York Times em 2012. Na Times Company, tinha a função justamente de reverter os revezes financeiros do maior jornal do mundo. Foi ele quem consolidou o atual modelo de assinaturas digitais, que hoje são 90% do total dos mais de 10 milhões de assinantes do NYT. “Quando Thompson assumiu o comando da Times Company, um acesso pago apenas para assinantes para o site do jornal ainda estava engatinhando. Em seus primeiros dias na empresa, disse ele em entrevista a uma publicação britânica há dois anos, foi recebido com 'ceticismo' quanto à possibilidade de expandir significativamente o número de assinantes digitais”, diz o NYT. Um dos principais desafios de Thompson será a promoção de uma transição parecida, mais centrada no ambiente digital, já que o negócio de TV a cabo está em declínio nos Estados Unidos. Outro, será estabilizar o canal depois de uma série de polêmicas que envolveram o nome da CNN nos últimos anos. É o caso das demissões do âncora de TV Chris Cuomo e do apresentador Don Lemon. Chris Licht durante o evento Time 100 Gala, em Nova York REUTERS/Caitlin Ochs/File Photo Demissão de Licht O ex-CEO e presidente da CNN, Chris Licht, deixou o cargo no dia 7 de junho. A crise da empresa culminou na demissão de vários funcionários e o fechamento do serviço de streaming CNN +. Segundo o canal de televisão, Licht estava no posto havia um ano e deixou o cargo após sua capacidade de liderar a equipe da CNN ser questionada. De acordo com o jornal The New York Times, o balanço financeiro do canal em 2022 foi de US$ 750 milhões, 33% menor que o arrecadado em 2021 (US$ 1,25 bilhão). A imagem de Licht também foi deteriorada depois que o jornal The Atlantic publicou na semana passada um perfil sobre ele criticando suas decisões quanto a cobertura na pandemia e a escolha por transmitir uma sabatina do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, em 10 de maio. Na data, o republicano criticou diversas vezes a CNN, voltou a afirmar, sem provas, que a eleição presidencial de 2020 foi fraudada, e que é a favor da anistia de alguns apoiadores condenados pelo ataque de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio. Após o artigo do The Atlantic, Licht pediu desculpas aos funcionários, dizendo à organização que não se reconheceu ao ler partes da história e que lamentava o ocorrido. Licht, que descreveu a experiência como “tremendamente humilhante”, prometeu “lutar como o inferno” para conquistar a confiança dos funcionários. Porém, o chefe-executivo da Warner Bros, David Zaslav, controladora do jornal norte-americano, disse em teleconferência após a demissão: "encontrei-me com Licht e ele deixará a CNN [...] Tenho grande respeito por Chris, pessoal e profissionalmente. O trabalho de liderar a CNN nunca seria fácil, especialmente em um momento de grande disrupção e transformação, e ele colocou seu coração e alma nisso”. Desde a saída de Licht, a CNN era comandada interinamente por: Amy Entelis, vice-presidente executiva de desenvolvimento de talentos e conteúdo; Virginia Moseley, vice-presidente executiva de editorial; Eric Sherling, vice-presidente executivo de programação dos EUA; e David Leavy, que assumiu recentemente o cargo de COO, continuará supervisionando as atividades comerciais da empresa.
Ex-presidente-executivo do jornal The New York Times e ex-diretor-geral da BBC foi anunciado no cargo nesta quarta-feira. Mark Thompson em 2013, enquanto era diretor-geral da BBC REUTERS/Neil Hall/File Photo A CNN americana anunciou nesta quarta-feira (30) que Mark Thompson será o novo diretor-presidente do canal de notícias. O executivo é conhecido no meio por ter sido presidente-executivo do jornal The New York Times e diretor-geral da BBC. Thompson ocupa a cadeira de Chris Licht, que deixou o cargo em junho, após o canal de televisão norte-americano registrar uma baixa de 61% na audiência no final do primeiro trimestre e uma queda na receita da empresa. (saiba mais abaixo) “Mark é um verdadeiro inovador que transformou para a era digital duas das organizações de notícias mais respeitadas do mundo”, disse David Zaslav, presidente-executivo da Warner Bros. Discovery, em comunicado. “Sua visão estratégica, histórico de liderança transformacional e pura paixão por notícias fazem dele uma força formidável para a CNN e para o jornalismo neste momento crucial.” Thompson assume o cargo no dia 9 de outubro, aos 66 anos. O executivo fez carreira na BBC. Thompson passou por toda hierarquia da empresa, saindo de uma posição de trainee em 1979 para o cargo de diretor-geral em 2004. Tornou-se presidente-executivo do jornal The New York Times em 2012. Na Times Company, tinha a função justamente de reverter os revezes financeiros do maior jornal do mundo. Foi ele quem consolidou o atual modelo de assinaturas digitais, que hoje são 90% do total dos mais de 10 milhões de assinantes do NYT. “Quando Thompson assumiu o comando da Times Company, um acesso pago apenas para assinantes para o site do jornal ainda estava engatinhando. Em seus primeiros dias na empresa, disse ele em entrevista a uma publicação britânica há dois anos, foi recebido com 'ceticismo' quanto à possibilidade de expandir significativamente o número de assinantes digitais”, diz o NYT. Um dos principais desafios de Thompson será a promoção de uma transição parecida, mais centrada no ambiente digital, já que o negócio de TV a cabo está em declínio nos Estados Unidos. Outro, será estabilizar o canal depois de uma série de polêmicas que envolveram o nome da CNN nos últimos anos. É o caso das demissões do âncora de TV Chris Cuomo e do apresentador Don Lemon. Chris Licht durante o evento Time 100 Gala, em Nova York REUTERS/Caitlin Ochs/File Photo Demissão de Licht O ex-CEO e presidente da CNN, Chris Licht, deixou o cargo no dia 7 de junho. A crise da empresa culminou na demissão de vários funcionários e o fechamento do serviço de streaming CNN +. Segundo o canal de televisão, Licht estava no posto havia um ano e deixou o cargo após sua capacidade de liderar a equipe da CNN ser questionada. De acordo com o jornal The New York Times, o balanço financeiro do canal em 2022 foi de US$ 750 milhões, 33% menor que o arrecadado em 2021 (US$ 1,25 bilhão). A imagem de Licht também foi deteriorada depois que o jornal The Atlantic publicou na semana passada um perfil sobre ele criticando suas decisões quanto a cobertura na pandemia e a escolha por transmitir uma sabatina do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, em 10 de maio. Na data, o republicano criticou diversas vezes a CNN, voltou a afirmar, sem provas, que a eleição presidencial de 2020 foi fraudada, e que é a favor da anistia de alguns apoiadores condenados pelo ataque de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio. Após o artigo do The Atlantic, Licht pediu desculpas aos funcionários, dizendo à organização que não se reconheceu ao ler partes da história e que lamentava o ocorrido. Licht, que descreveu a experiência como “tremendamente humilhante”, prometeu “lutar como o inferno” para conquistar a confiança dos funcionários. Porém, o chefe-executivo da Warner Bros, David Zaslav, controladora do jornal norte-americano, disse em teleconferência após a demissão: "encontrei-me com Licht e ele deixará a CNN [...] Tenho grande respeito por Chris, pessoal e profissionalmente. O trabalho de liderar a CNN nunca seria fácil, especialmente em um momento de grande disrupção e transformação, e ele colocou seu coração e alma nisso”. Desde a saída de Licht, a CNN era comandada interinamente por: Amy Entelis, vice-presidente executiva de desenvolvimento de talentos e conteúdo; Virginia Moseley, vice-presidente executiva de editorial; Eric Sherling, vice-presidente executivo de programação dos EUA; e David Leavy, que assumiu recentemente o cargo de COO, continuará supervisionando as atividades comerciais da empresa.