Liam Gallagher comanda fãs em show nostálgico e catártico no Rio de Janeiro
Qualquer fã de Liam Gallhagher que comprou ingresso para os shows do cantor no Brasil tinha a intenção de escutar clássicos do Oasis durante a apresentação.
Como esperado, o irmão de Noel incluiu no setlist diversos hits da banda britânica que entrou em hiato na década passada e estas canções, claro, foram responsáveis pelos momentos mais memoráveis dos shows por aqui.
O último deles aconteceu nesta quarta-feira (16) no Qualistage, no Rio de Janeiro, mesmo palco que recebeu o Oasis em 2009, pouco antes do grupo encerrar suas atividades.
A apresentação foi iniciada sem atraso, às 21h30, quando o som da casa subiu a música “I Am the Resurrection”, do The Stone Roses, e o canto da torcida do Manchester City, time do coração de Liam, grande fã de futebol, assim como Noel.
A introdução do show contou ainda com “Fuckin’ in the Bushes”, faixa do Oasis que aparece no disco Standing in the Shoulders of Giants.
Liam Gallagher no Rio de Janeiro
Homem de poucas palavras, Liam já chegou colocando todo mundo para pular e cantar alto com a dobradinha de “Morning Glory”, do álbum (What’s the Story) Morning Glory?, de 1995, e “Rock ‘n’ Roll Star”, do trabalho de estreia do Oasis Definitely Maybe, lançado em 1994.
Depois de “Wall of Glass”, faixa do primeiro disco solo de Liam, As You Were, de 2017, o cantor, que parecia incomodado com o retorno do som, parou para conversar brevemente com a plateia. Ele perguntou, por exemplo, como os fãs estavam e agradeceu a recepção calorosa.
A apresentação seguiu com faixas icônicas do Oasis como “Stand by Me“, “Roll It Over” e “Slide Away”, passando por novas canções como “C’mon You Know”, que dá nome ao novo álbum e à turnê, “More Power“ e “Diamond in the Dark“, além de “The River” e “Once”, faixas do Why Me? Why Not., de 2019.
“Wonderwall” foi dedicada a Zico
Antes do bis, na hora de “Wonderwall”, maior hit da carreira do Oasis, Liam dedicou a canção ao ídolo do Flamengo Zico:
Eu quero dedicar ao maior jogador de futebol que surgiu neste país na minha opinião.
A fala despertou amor e ódio no público, já que a rivalidade no futebol é sempre muito grande. Como rapidamente a banda composta por três guitarristas, um baixista, um baterista e duas backing vocals puxou a introdução da canção famosa, quem se sentiu incomodado com a menção ao Galinho de Quintino logo se acalmou e focou na apresentação.
Às 22h45, Liam se despediu da plateia para retornar ao palco alguns minutos depois e entregar “Live Forever” e “Champagne Supernova”, que encerraram o show em clima de catarse coletiva.
Apesar do show protocolar de uma hora e meia cravada e da falta de interação de uma das figuras mais sisudas do Rock, a nostalgia foi o principal elemento da noite e não precisou de muito além dos clássicos do Oasis para tornar a noite mágica.
Fonte https://www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2022/11/17/liam-gallagher-resenha-rj/