Ibovespa opera em alta puxada por Vale, em dia de forte valorização do minério de ferro
Ontem, o principal índice da bolsa de valores caiu 0,50%, aos 115.592 pontos, no menor patamar desde junho. Ibovespa Freepik O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em alta nesta quinta-feira (17), acompanhando a forte valorização do minério de ferro no exterior. A commodity é a principal matéria-prima da Vale, empresa que tem o maior peso na composição do índice, o que ajuda a explicar a alta. Além disso, os mercados globais abriram mais positivos, depois de uma forte queda na véspera, causada pela divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que sinalizou que novas altas nas taxas de juros dos Estados Unidos podem ocorrer. Às 11h15, o índice subia 0,57%, aos 116.250 pontos. Veja mais cotações. No mesmo horário, as ações da Vale subiam 2,56%. No dia anterior, o Ibovespa fechou em queda de 0,50%, aos 115.592 pontos, na 12ª queda consecutiva. Com o resultado, passou a acumular: quedas de 2,10% na semana e de 5,21% no mês; ganhos de 5,34% no ano. O que está mexendo com os mercados? De acordo com Luana Aral, especialista em câmbio e renda variável na Genial Investimentos, a forte valorização do minério de ferro neste pregão é consequência da expectativa por novas medidas do governo chinês para estimular a economia do país. A China é o maior demandante pela commodity no mundo, principalmente ao olhar para o setor imobiliário, que vem passando por um período complicado com uma atividade econômica mais fraca no país. Por isso, medidas de estímulo à economia trazem a perspectiva de que o país pode aumentar o seu consumo por minério, impulsionando a cotação do produto no exterior. Além disso, com a falta de indicadores econômicos mais relevantes na agenda brasileira, investidores continuam repercutindo a ata do Fed, divulgada na véspera. Segundo o documento "a maioria dos participantes continuou a ver riscos significativos de alta para a inflação, o que pode exigir mais aperto da política monetária", sinalizando que os preços ainda estão em níveis elevados e que, para interromper o ciclo de altas, o comitê precisa enxergar sinais mais claros de desaceleração na inflação. A ata também mostrou que as autoridades do Fed ficaram divididas em relação ao aumento estabelecido na última reunião, ocorrida em julho, que levou as taxas a um patamar entre 5,25% e 5,50%. No entanto "Os participantes permaneceram resolutos em seu compromisso de reduzir a inflação para a meta de [...] 2%", diz a ata. No entanto, o documento ainda destacou que alguns membros da instituição começam a se preocupar com os impactos das altas dos juros na atividade econômica dos Estados Unidos e temem que isso cause danos aos empregos no país. Essa divulgação fez os mercados globais encerrarem o dia no negativo ontem, por conta de uma maior aversão ao risco, além da migração para os títulos públicos americanos, que são considerados os mais seguros do mundo e, com juros mais altos, entregam rentabilidades maiores.
Ontem, o principal índice da bolsa de valores caiu 0,50%, aos 115.592 pontos, no menor patamar desde junho. Ibovespa Freepik O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em alta nesta quinta-feira (17), acompanhando a forte valorização do minério de ferro no exterior. A commodity é a principal matéria-prima da Vale, empresa que tem o maior peso na composição do índice, o que ajuda a explicar a alta. Além disso, os mercados globais abriram mais positivos, depois de uma forte queda na véspera, causada pela divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que sinalizou que novas altas nas taxas de juros dos Estados Unidos podem ocorrer. Às 11h15, o índice subia 0,57%, aos 116.250 pontos. Veja mais cotações. No mesmo horário, as ações da Vale subiam 2,56%. No dia anterior, o Ibovespa fechou em queda de 0,50%, aos 115.592 pontos, na 12ª queda consecutiva. Com o resultado, passou a acumular: quedas de 2,10% na semana e de 5,21% no mês; ganhos de 5,34% no ano. O que está mexendo com os mercados? De acordo com Luana Aral, especialista em câmbio e renda variável na Genial Investimentos, a forte valorização do minério de ferro neste pregão é consequência da expectativa por novas medidas do governo chinês para estimular a economia do país. A China é o maior demandante pela commodity no mundo, principalmente ao olhar para o setor imobiliário, que vem passando por um período complicado com uma atividade econômica mais fraca no país. Por isso, medidas de estímulo à economia trazem a perspectiva de que o país pode aumentar o seu consumo por minério, impulsionando a cotação do produto no exterior. Além disso, com a falta de indicadores econômicos mais relevantes na agenda brasileira, investidores continuam repercutindo a ata do Fed, divulgada na véspera. Segundo o documento "a maioria dos participantes continuou a ver riscos significativos de alta para a inflação, o que pode exigir mais aperto da política monetária", sinalizando que os preços ainda estão em níveis elevados e que, para interromper o ciclo de altas, o comitê precisa enxergar sinais mais claros de desaceleração na inflação. A ata também mostrou que as autoridades do Fed ficaram divididas em relação ao aumento estabelecido na última reunião, ocorrida em julho, que levou as taxas a um patamar entre 5,25% e 5,50%. No entanto "Os participantes permaneceram resolutos em seu compromisso de reduzir a inflação para a meta de [...] 2%", diz a ata. No entanto, o documento ainda destacou que alguns membros da instituição começam a se preocupar com os impactos das altas dos juros na atividade econômica dos Estados Unidos e temem que isso cause danos aos empregos no país. Essa divulgação fez os mercados globais encerrarem o dia no negativo ontem, por conta de uma maior aversão ao risco, além da migração para os títulos públicos americanos, que são considerados os mais seguros do mundo e, com juros mais altos, entregam rentabilidades maiores.