Ibovespa opera com alta puxada por Petrobras
Na véspera, o principal índice do mercado de ações brasileiro avançou 1,99%, aos 119.069 pontos. Ibovespa Burak The Weekender/Pexels O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em alta nesta quinta-feira (15), puxado pelo bom desempenho das ações da Petrobras, uma das empresas com maior peso na bolsa. O mercado repercute, ainda, a notícia de que, embora tenha mantido os juros entre 5,00% e 5,25% ao ano em sua última reunião, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode voltar a aumentar as taxas nos próximos meses. Às 12h, o índice subia 0,33%, aos 119.456 pontos. Veja mais cotações. No mesmo horário, os papéis da Petrobras quase 2%. Na véspera, o Ibovespa teve alta de 1,99%, aos 119.069 pontos, ao maior patamar desde o último 21 de outubro. Com o resultado, o índice passou a acumular altas de: 1,75% na semana; 9,91% no mês; 8,51% no ano. O que está mexendo com os mercados? Os mercados globais seguem repercutindo a decisão de política monetária anunciada pelo Fed nesta quarta-feira (14). A instituição manteve as taxas de juros inalteradas em um patamar entre 5,00% e 5,25% ao ano, que é o maior desde 2007. A decisão ajudou a impulsionar a bolsa brasileira no último pregão. Se os juros sobem nos Estados Unidos, ocorre uma migração dos investidores, que retiram seus recursos de ativos considerados de risco (caso dos mercados de ações) para alocar nos títulos públicos americanos, que são considerados os mais seguros do mundo e, com juros maiores, entregam uma rentabilidade mais atrativa. Dessa forma, com uma pausa na subida das taxas da maior economia do mundo, outros ativos, como O Ibovespa, ganham fôlego. No entanto, Jerome Powell, presidente do Fed, já sinalizou que, nos próximos meses, novas altas podem acontecer - o que pode voltar a impulsionar os ativos americanos em relação aos de países emergentes e isso impacta o desempenho da bolsa brasileira neste pregão. Ainda no exterior, novos dados da China reforçam que a economia do país está passando por um processo de desaceleração. Analistas do BTG Pactual destacam que as vendas no varejo subiram 12,7% em maio, contra uma expansão de 18,4% observada em abril, enquanto a produção industrial cresceu 3,5%, abaixo da alta de 5,6% do mês anterior. Por conta da perspectiva de desaceleração, o governo chinês está estudando novas medidas de apoio financeiro para setores privados e de consumo no país. Essa notícia animou os mercados de commodities, porque a China é um dos principais demandantes desses produtos. No cenário doméstico, também é uma notícia de ontem que segue repercutindo. A agência de classificação de risco S&P Global Ratings alterou a perspectiva de rating (nota de crédito) do Brasil de estável para positiva, o que não acontecia desde 2019. A empresa também reafirmou o rating de crédito soberano, que reflete a capacidade do país de honrar seus compromissos financeiros, em "BB-" — nota que o país tem desde 2020. Essa classificação ainda indica um "grau especulativo" — o que, segundo a agência, aponta que o Brasil está menos vulnerável ao risco no curto prazo, mas segue enfrentando incertezas em relação a condições financeiras e econômicas adversas. Além disso, "arcabouço fiscal, contas públicas, inflação, PIB, reforma tributária e reforma ministerial continuam a ser foco das atenções do mercado", pontua a equipe de análise do BTG. Initial plugin text
Na véspera, o principal índice do mercado de ações brasileiro avançou 1,99%, aos 119.069 pontos. Ibovespa Burak The Weekender/Pexels O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em alta nesta quinta-feira (15), puxado pelo bom desempenho das ações da Petrobras, uma das empresas com maior peso na bolsa. O mercado repercute, ainda, a notícia de que, embora tenha mantido os juros entre 5,00% e 5,25% ao ano em sua última reunião, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode voltar a aumentar as taxas nos próximos meses. Às 12h, o índice subia 0,33%, aos 119.456 pontos. Veja mais cotações. No mesmo horário, os papéis da Petrobras quase 2%. Na véspera, o Ibovespa teve alta de 1,99%, aos 119.069 pontos, ao maior patamar desde o último 21 de outubro. Com o resultado, o índice passou a acumular altas de: 1,75% na semana; 9,91% no mês; 8,51% no ano. O que está mexendo com os mercados? Os mercados globais seguem repercutindo a decisão de política monetária anunciada pelo Fed nesta quarta-feira (14). A instituição manteve as taxas de juros inalteradas em um patamar entre 5,00% e 5,25% ao ano, que é o maior desde 2007. A decisão ajudou a impulsionar a bolsa brasileira no último pregão. Se os juros sobem nos Estados Unidos, ocorre uma migração dos investidores, que retiram seus recursos de ativos considerados de risco (caso dos mercados de ações) para alocar nos títulos públicos americanos, que são considerados os mais seguros do mundo e, com juros maiores, entregam uma rentabilidade mais atrativa. Dessa forma, com uma pausa na subida das taxas da maior economia do mundo, outros ativos, como O Ibovespa, ganham fôlego. No entanto, Jerome Powell, presidente do Fed, já sinalizou que, nos próximos meses, novas altas podem acontecer - o que pode voltar a impulsionar os ativos americanos em relação aos de países emergentes e isso impacta o desempenho da bolsa brasileira neste pregão. Ainda no exterior, novos dados da China reforçam que a economia do país está passando por um processo de desaceleração. Analistas do BTG Pactual destacam que as vendas no varejo subiram 12,7% em maio, contra uma expansão de 18,4% observada em abril, enquanto a produção industrial cresceu 3,5%, abaixo da alta de 5,6% do mês anterior. Por conta da perspectiva de desaceleração, o governo chinês está estudando novas medidas de apoio financeiro para setores privados e de consumo no país. Essa notícia animou os mercados de commodities, porque a China é um dos principais demandantes desses produtos. No cenário doméstico, também é uma notícia de ontem que segue repercutindo. A agência de classificação de risco S&P Global Ratings alterou a perspectiva de rating (nota de crédito) do Brasil de estável para positiva, o que não acontecia desde 2019. A empresa também reafirmou o rating de crédito soberano, que reflete a capacidade do país de honrar seus compromissos financeiros, em "BB-" — nota que o país tem desde 2020. Essa classificação ainda indica um "grau especulativo" — o que, segundo a agência, aponta que o Brasil está menos vulnerável ao risco no curto prazo, mas segue enfrentando incertezas em relação a condições financeiras e econômicas adversas. Além disso, "arcabouço fiscal, contas públicas, inflação, PIB, reforma tributária e reforma ministerial continuam a ser foco das atenções do mercado", pontua a equipe de análise do BTG. Initial plugin text